Soneto 19
ANGÚSTIA
E vem por dentro do meu peito,
Mas não sei certo descrever;
Um desconcerto, um mal sem jeito,
Que não é de falar ou escrever;
É por esse porto de Santos
Que meu coração, espremido,
Chega carregado de prantos
E de emoções esquecido,
É a pureza dessa angústia
Que limpa toda minha mente,
E me deixa a sós, no presente
De maneira abrupta e brusca...
E meu ser, ébrio e delinqüente,
Grita à vida: não me sê injusta...
Este soneto refere-se à chegada da imigrante madeirense com a família ao Porto de Santos em 1952
ANGÚSTIA
E vem por dentro do meu peito,
Mas não sei certo descrever;
Um desconcerto, um mal sem jeito,
Que não é de falar ou escrever;
É por esse porto de Santos
Que meu coração, espremido,
Chega carregado de prantos
E de emoções esquecido,
É a pureza dessa angústia
Que limpa toda minha mente,
E me deixa a sós, no presente
De maneira abrupta e brusca...
E meu ser, ébrio e delinqüente,
Grita à vida: não me sê injusta...
Este soneto refere-se à chegada da imigrante madeirense com a família ao Porto de Santos em 1952