“A SINA”
O dia é sempre cinzento,
A noite é tão comprida,
No peito uma ferida
Doendo forte, lá dentro.
Da aurora ao anoitecer
Sua casa é um deserto,
Seus passos são incertos,
Sua vida é sofrer...
É de espinhos sua cama,
Sentindo a falta de quem ama
Pensa logo em morrer...
Só se lamenta e se queixa
Essa é a sina de quem deixa
E não consegue esquecer.