Por teus olhos, me fundi em tua alheação
E trespassei as portas de tua essênciaTão submersa nessa inquietação
De ser que não suporta a própria ausência.
Sozinho, flutuei nessa imensidão
Para me dissolver na tua inconsciência
E formar contigo uma interseção
Em que nos deixamos à coexistência.
Pobres vidas vindas do mesmo barro!
Seremos surdos a qualquer apelo
Pela eternidade que nos restar...
Almas unidas em um mundo bizarro!
De repente, acordo do pesadelo
Que foi o breve instante de te olhar...