Por teus olhos, me fundi em tua alheação
E trespassei as portas de tua essência
Tão submersa nessa inquietação
De ser que não suporta a própria ausência.
 
Sozinho, flutuei nessa imensidão
Para me dissolver na tua inconsciência
E formar contigo uma interseção
Em que nos deixamos à coexistência.
 
Pobres vidas vindas do mesmo barro!
Seremos surdos a qualquer apelo
Pela eternidade que nos restar...
 
Almas unidas em um mundo bizarro!
De repente, acordo do pesadelo
Que foi o breve instante de te olhar...

Alexandre Coslei
Enviado por Alexandre Coslei em 30/04/2009
Reeditado em 22/11/2012
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