Eu perdi minh´alma num mar revolto.
Por um oco negro me vi envolto
E por Demônios, Trevas e Mistério,
Sepultado em meu corpo: cemitério.
Perdi-a por não ter alguém me absolto
E hoje, em água e sal, estou ressolto
Colhido às profundezas do ermitério,
Purgatório onde aguardo o salvatério.
Qualquer mão que me toca dá-me calma
Quando Deus ordena que a vida aborte
E o cadáver, na terra aberta, aporte.
Por que fugiste assim, minha pobre alma?
Se, para ti, o corpo é a melhor sorte,
Qual a pior pena se não a morte?
Por um oco negro me vi envolto
E por Demônios, Trevas e Mistério,
Sepultado em meu corpo: cemitério.
Perdi-a por não ter alguém me absolto
E hoje, em água e sal, estou ressolto
Colhido às profundezas do ermitério,
Purgatório onde aguardo o salvatério.
Qualquer mão que me toca dá-me calma
Quando Deus ordena que a vida aborte
E o cadáver, na terra aberta, aporte.
Por que fugiste assim, minha pobre alma?
Se, para ti, o corpo é a melhor sorte,
Qual a pior pena se não a morte?