AMOR CORROMPIDO
Depois que me fechaste a porta
Do teu cortejado coração,
Nada mais me importa,
Nem mesmo os valores da razão.
Por isso, meu peito em resposta
Fechou-se aos cortejos da paixão
E fez, inclusive, uma aposta:
Jamais se entregará à emoção.
Mas ele, peregrinando a esmo
E sem domínio de si mesmo,
Não pode cumprir o prometido.
E hoje, moribundo, desfalece
Enquanto em teu peito fenece
A força de um amor corrompido.