Soneto da Desesperança
Andando ao relento em uma noite sombria,
Percebo toda a desigualdade que a muito perdura,
Vejo nos olhos das pessoas uma enorme agonia,
Pressinto a minha morte, a de todos, inclusive a sua.
Milhares de pessoas miseráveis seguindo uma sina,
Pois esse destino é cruel e então só resta a essas pessoas a rua,
Onde ficam a mercê da sorte, completamente perdidas,
Fazendo da esperança uma característica única.
Como se não bastasse a desigualdade, ainda a outros infortúnios,
O mundo está pelo avesso, e pobres são os muitos moribundos,
Que junto com tudo me lembra tristeza.
A esperança que tudo um dia melhore, tornou-se utopia,
Queria que tudo fosse diferente, mas infelizmente esses são nossos dias,
Em que o futuro é sempre feio, e distante é a beleza.
Itaci Silva Camelo