NA FLOR DA VIDA

Flores que dormem ao som da madrugada

E eu aqui agitada, a lhes observar...

Ressoam os resquícios duma noite estrelada

Nessa hora que passa, somos adeus ao luar!

São flores que esboçam os primórdios da vida

-Que nem sempre florida, às vezes a nos machucar-

Têm botões de esperança de cor indefinida

Mais parecem guarida a nos amparar.

Florescem num sono de meados do outono

Na aurora dum sonho que se nega a acordar...

São as flores - de- maio... que me chegam assustadas!

Para a dura invernada que já vai começar.

Da terra ressurgem numa ingênua florada

Qual a vida apressada, sempre... a nos reciclar.

Na madrugada que se escoa...às 4.30 hr.