FADO DO MARINHEIRO
Sei que é de sorte e destino
O caminho que trouxe a alma
De louca até o desatino,
Conseguir os calos da palma,
E esquecer aos copos de vinho.
É quando eu consigo a calma
E a força deste desalinho,
Que por dentro é o que me inflama,
E me faz sofrer sozinho,
Neste peito que reclama
Pelo esquecido carinho,
(O dito que não foi proclama,)
Deste destino adivinho
Que me fez viver ao solama.
O fado do marinheiro, trabalhador braçal dos mais exigidos, lamenta a perda do controle da alma que o levou às mãos rudes que só o vinho auxilia a ultrapassar. E seu aspecto externo inaceitável faz nele crescer a coragem de ser marujo, sofrido, sem afeto, de um casamento que não ocorreu pois o destino o trouxe abaixo do sol escaldante.
Sei que é de sorte e destino
O caminho que trouxe a alma
De louca até o desatino,
Conseguir os calos da palma,
E esquecer aos copos de vinho.
É quando eu consigo a calma
E a força deste desalinho,
Que por dentro é o que me inflama,
E me faz sofrer sozinho,
Neste peito que reclama
Pelo esquecido carinho,
(O dito que não foi proclama,)
Deste destino adivinho
Que me fez viver ao solama.
O fado do marinheiro, trabalhador braçal dos mais exigidos, lamenta a perda do controle da alma que o levou às mãos rudes que só o vinho auxilia a ultrapassar. E seu aspecto externo inaceitável faz nele crescer a coragem de ser marujo, sofrido, sem afeto, de um casamento que não ocorreu pois o destino o trouxe abaixo do sol escaldante.