SOCIOLOGIA DO VESTIR
No carnaval, já vestem o abadá,
O que se diz, outrora, a fantasia.
Por ser a tal, no mando, a burguesia
Fez os demais trajar-se ao deus-dará.
Em ritmo paranoico de euforia,
E sempre a pôr fervura ao bafafá,
A claque oportunista ainda há,
Esta, a servil pequena-burguesia.
Ante o poder e o que não veste nada,
A grei que parlamenta, malfadada,
Fortunas ganha aos nus da passarela.
Mas nega a casta, lá no Parlamento,
À massa que trabalha algum aumento,
A mesma que põe grande corja aquela.
Fort., 28/04/2009.