AMOR EM VERSO


Tu me molhas com pingos sudorais
vertidos dos mamilos excitantes.
Perfumas-me com rosas vaginais,
essências exclusivas dos amantes.

Gemes gestos em gingas corporais,
sorris sorrisos quase soluçantes.
Pedes que eu pare e logo pedes mais,
com mais meneios que os meneios dantes.

Cavalgas o meu corpo umedecido,
eu recebo o teu corpo submerso
e gememos nós dois um só gemido.

Silencias o gozo. Eu desconverso.
O nosso amor se fez sem mais sentido,
sentido, tão somente, no meu verso.

Odir, de passagem