PIANÍSSIMO
Alguém toca saudade num piano.
Ouço-lhe o pranto quando a tecla chora
na pauta perenal de um desengano,
na partitura que o amor deplora.
Palco da vida havida. Desce o pano.
Pianíssimo tema escuto agora.
De repente, um cantor, voz de soprano,
faz da saudade lágrima sonora.
Dío, come ti amo...Ó noite triste!
Por que me vens nas frestas da janela,
cantar lembranças que também ouviste?
Pianista, cantor, tenham cautela!
Un bene cosi caro, não existe,
l’amore mio se perdeu com ela!
Odir, de passagem
Alguém toca saudade num piano.
Ouço-lhe o pranto quando a tecla chora
na pauta perenal de um desengano,
na partitura que o amor deplora.
Palco da vida havida. Desce o pano.
Pianíssimo tema escuto agora.
De repente, um cantor, voz de soprano,
faz da saudade lágrima sonora.
Dío, come ti amo...Ó noite triste!
Por que me vens nas frestas da janela,
cantar lembranças que também ouviste?
Pianista, cantor, tenham cautela!
Un bene cosi caro, não existe,
l’amore mio se perdeu com ela!
Odir, de passagem