TEUS OLHOS ME MATAM
Depois de te ver...Tanto quis me matar
Quando nas doces tardes eu buscava os teus olhos...
E era na bruma ou nas plagas do mar.
Ou no fundo dos rios em meios aos abrolhos...
Eu buscava teus olhos como alguém que garimpa
Nas crateras dos morros uma jóia qualquer...
Eu buscava o teu doce olhar de mulher
Nas tardes, na lua, no mover-se da tinta,
No silêncio do quarto onde a dor vem roer.
E nas pálpebras via os teus olhos vagando
Quando aos olhos fechados um olha pude ver...
Mas se eu os via em sonhos, eram doces e brandos,
Eram sombras de flores que a ilusão fez nascer...
E ao ver esses olhos, eu me punho em prantos.