SONETO DO ANJO MEU
Vem, anjo meu, que te desejo ainda...
Por mais que me baste, a cruel solidão
Que esta esperança que aflora tão linda,
Faz saltar de alegria, meu triste coração!
Vem que é tempo sublime de ser feliz...
Aqui, nosso amor não passa e demora!
E minha lágrima, caindo, se torna verniz
Vindo... Luzir-me esta face que chora!
Prevendo tudo que se tornará surpresa,
Quando, em pranto, romper-se a represa
Que esta barra de ser infeliz, suporta!
E todos os castelos do meu desespero
Quedar-se-ão, então, de vez, por inteiro,
Quando a felicidade invadir esta porta!
SIRLEY VIEIRA ALVES
Goiânia-GO, 26 de abril de 2009