SONETO AO POETA
Alma embevecida que se dilacera
Ao romper do esplendor da poesia;
Tornando teu mundo em quimera,
Varando esta madrugada tão fria...
Descansa em paz, teu louco sentido
No acalanto da noite que te resta...
Desperta em ti, este verso esquecido
Por ter sido ecoado em risos de festa
Que a beleza destes teus versos infindos
Talhados com sentimentos caros e lindos
Sejam flores para a perpétua ilusão...
Quimeras e desilusões claras, extraviadas
Em conchas escuras, no peito, guardadas
Que pulsam intermináveis em teu coração!
SIRLEY VIEIRA ALVES
Goiânia-GO, 26 de abril de 2009