Vida

Guardo a tua imagem, a razão da vida
Dos amores, o teu nunca chega ao fim
Estás entre flores: — Meu tudo, enfim
Tu és mensagem, o meu pote de vida.

Sugo-te!... Que sinfonia! O som da vida!
Vivo num arpejo, só para mim
Vejo-te entre nuvens: — És anjo, sim
A clarear o meu dia, a força da vida.

Brilhas este andante! A cor da vida!
Tornei-me ébrio cantante (fiquei assim...),
Desnorteado e com fôlego no fim
Fui premiado! Reflexo de tua vida!

...Forças vitais voltadas para mim!
Oh! Dias desiguais! Recobro a vida!...


Ribeirão Preto, 20 de dezembro de 2001
8h15 min.