Soneto da Restauração
Esvaia de mim, ó tristeza demente
Esvazie-se de meu corpo em luto
Desaloje de meu pranto, latente
Caia em retirada ao lugar do surto
Extraia-se de mim, ó ódio
Que fecundarei aqui, indolor
Aquela índole em sortilégio
Clamo, contigo leve-a para canto, a dor
Que semearei sob meu solo
Idosas atlânticas
Para que me torne colo
E num ventre caroável
Cresço salubre
Morro iniludível