Soneto da Restauração

Esvaia de mim, ó tristeza demente

Esvazie-se de meu corpo em luto

Desaloje de meu pranto, latente

Caia em retirada ao lugar do surto

Extraia-se de mim, ó ódio

Que fecundarei aqui, indolor

Aquela índole em sortilégio

Clamo, contigo leve-a para canto, a dor

Que semearei sob meu solo

Idosas atlânticas

Para que me torne colo

E num ventre caroável

Cresço salubre

Morro iniludível

PR Lima
Enviado por PR Lima em 25/04/2009
Código do texto: T1558976
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