Soneto de desespero
Trouxe-te em minhas mãos de cavaleiro
As rédeas com as quais minha vida guio
E os desamores de um passado frio
No meu peito dormente de guerreiro
E ao encontrar-te me rendi ao doce
Que transpira do teu corpo e do teu cântico
E de grosseiro fiz-me mui romântico
E o medo não foi um muro, antes fosse!
E aguardo pelo dia, angustiado
Quando o seu corpo cheirando a jasmim
Descansará em meus braços cansados
E do inverno far-se-á primavera
Quando seus lábios finos de cetim
Selarem-se aos meus lábios de espera