Soneto do Nó Górdio
Não há como desatrelar
Fincou-se em nós para ficar
E em assim sendo
Cada vez mais, vai nos prendendo
E em cada desavença
Reforçamos nossa crença
Que se siameses nascemos
Que um ao outro nos tatuemos
Umbilicados, fomos subjugados
E mesmo que o cordão seja rompido
Um do outro não será passado
E se como um balão escapar enfim
Pode até tornar o céu mais colorido
Mas lá de cima, estará a olhar para mim