Soneto do Nó Górdio

Não há como desatrelar

Fincou-se em nós para ficar

E em assim sendo

Cada vez mais, vai nos prendendo

E em cada desavença

Reforçamos nossa crença

Que se siameses nascemos

Que um ao outro nos tatuemos

Umbilicados, fomos subjugados

E mesmo que o cordão seja rompido

Um do outro não será passado

E se como um balão escapar enfim

Pode até tornar o céu mais colorido

Mas lá de cima, estará a olhar para mim

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 24/04/2009
Reeditado em 25/04/2009
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