COMPULSÃO

Pelas praias desertas vagueia,
sem saber o que tem pela frente.
Esse canto, será de sereia,
ou apenas da onda dolente?

Sol de ocaso espalhado incendeia;
a razão a ilusão bem desmente:
foi-se o tempo em que, à hora da ceia,
retornava ao seu mundo contente.

Esse canto, de onde é que ele vem?
Do passado que traz na memória,
canta o mar, vai e vem incessante...

De segredos não fala a ninguém,
dessa força final, compulsória.
Outra história virá no levante.

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