DONOS DA POESIA
Eis a alma impoluta e ditosa
deste rabiscador de papel, quase poeta,
que nas sombras da madrugada incerta,
decanta aquela musa tão formosa.
Eis o poeta, este nobre ser ditoso,
de alma branca, triste, quase incerto,
que trôpego a adejar em seu deserto,
passa etéreo, sombrio, desgostoso.
Eis a alma do poeta, a doce musa...
esta rainha dos contos de fada, reclusa
no cativeiro que abre-se em palma.
Eis os inseparáveis da poesia,
desta razão que cresce dia a dia,
na musa, no poeta, na sua alma