*PASSAGEIRA INCANSÁVEL*
Absorta estava na paisagem vida
Olhar disperso passos compassados
O desfilar de pernas na avenida
Ali estavam apenas peitos arfados
Estranhos na multidão e vizinhos
Como papeis voando sem destino
Na busca ânsia de tantos desalinhos
Esquecem a melodia da canção hino
O pensamento viajou ao sudeste
Para levar ao poeta que admiro
O frescor da tarde aqui do Nordeste
Para não apagar a letra do papiro
Enviar para ti mesmo na distância
Meu abraço sempre em fragrância
Sogueira
Saber dos desencontros desta vida,
Errôneo coração vai vacilante.
Guardando as esperanças numa estante,
Julguei não ter sequer luz ou saída.
A rota dos meus sonhos, já perdida,
O sol que se escondeu noutro quadrante,
Rebrilha bem mais forte neste instante
Em que t’a bela voz se faz ouvida.
Relembro dos engodos, devaneios,
As luas derramaram falsas pratas,
A vida se perdeu em outros veios
E tudo o que restara: solidão...
Inúteis poesias, serenatas,
Porém tu me trouxeste a redenção...
Marcos Loures
Absorta estava na paisagem vida
Olhar disperso passos compassados
O desfilar de pernas na avenida
Ali estavam apenas peitos arfados
Estranhos na multidão e vizinhos
Como papeis voando sem destino
Na busca ânsia de tantos desalinhos
Esquecem a melodia da canção hino
O pensamento viajou ao sudeste
Para levar ao poeta que admiro
O frescor da tarde aqui do Nordeste
Para não apagar a letra do papiro
Enviar para ti mesmo na distância
Meu abraço sempre em fragrância
Sogueira
Saber dos desencontros desta vida,
Errôneo coração vai vacilante.
Guardando as esperanças numa estante,
Julguei não ter sequer luz ou saída.
A rota dos meus sonhos, já perdida,
O sol que se escondeu noutro quadrante,
Rebrilha bem mais forte neste instante
Em que t’a bela voz se faz ouvida.
Relembro dos engodos, devaneios,
As luas derramaram falsas pratas,
A vida se perdeu em outros veios
E tudo o que restara: solidão...
Inúteis poesias, serenatas,
Porém tu me trouxeste a redenção...
Marcos Loures