ESPERANÇA
Não me importa mais algumas coisas
ou pessoas pelas quais vivi.
Por mais amor que se tenha por elas
não se pode deixar matar-se por nada.
Tenho que aceitar de mal grado
que se morre de velhice ou doença.
Mas posso rejeitar morrer de tristeza
e tomar posse da minha vida.
Gosto da luz que o dia trás
do luar iluminando as marés
e do silêncio em meio ao caos.
Deixe-me só, mas não fique aqui
tentando me tirar pedaços.
Se não tem o que dar, não tome o que me resta.
Tempos parcos, doídos , mas nunca sem esperanças.
Kátia Storch Moutinho de Azevedo
21/04/2009