A casa onde nasci

*CASA SOLITÁRIA*

Deixei-te bem distante no sertão
Minha casa onde nasci meu lar
Lá onde o rio deitava em aluvião
Os sonhos da primavera o luar

No escuro da solidão te deixei
Triste um móvel grande desolado
Numa sala sem vozes se fez rei
Com o sabor da farinada guardado

Na ausência de vozes ao amanhecer
Na mesa farta a sala de jantar
Do silêncio que te fez adormecer
Revivo tua imagem tão familiar

Hoje outra mão range a fechadura
Outros olhares te cobrem de ternura

Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 21/04/2009
Código do texto: T1551789
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