TUA BOCA
Tua boca doce, que me adoça o beijo,
açúcar demerara, mel mascavo,
é rubra rosa a me fazer de escravo,
seiva sublime de falaz festejo.
Um beija-flor se fosse, em seu bordejo,
teu néctar sugando em beijo flavo,
eu me alucinaria frente ao favo
do mel da tua boca de desejo.
Os teus lábios carnosos, entreabertos,
de polpas de morango recobertos,
são chamas do pecado que cortejo.
Loucura de minh’alma, angústia louca
dos lábios meus em te beijar a boca,
tua boca doce, que me adoça o beijo!
Odir, em passagem noturna