A SOBERBA DA MORTE
Do que me valem lembranças vazias?
Se já não sinto as caricias do amor...
Nada me importa nem mesmo a utopia,
Talvez a morte! Bem leve e sem dor.
Já que estou vivo prefiro morrer,
Sentir meu corpo nos braços de alguém?
Meu corpo frio que a terra há de ter?
Que já não causa saudade em ninguém!
Eu que me arrasto por longos caminhos
Sem entender meu severo castigo,
Prefiro a morte à coroa de espinhos.
Pois não sou digno de redenção
E solitário, sozinho, definho...
No colo frio da desilusão.