ESPERANÇA
 

Esvai-me o outono da vida, cansado e triste,
e, no horizonte meu inverno já desponta...
Mas, vou buscando em prece a última esperança
na fé que dentro d’alma eu trago e que resiste....

Sentindo a sombra que me sonda, e que persiste
em espetar Minh! Alma impura, como lança,
busco abrigar-me no escaninho da lembrança,
pois sei que além existe alguém que a tudo assiste...

Não me abandono nas sarjetas da amargura,
não me revolto com pavor na noite escura,
e, nem permito ver minha alma torturada...

Sei que ela chora, sei que sofre, mas confia
numa esperança imorredoura, pois que um dia,

há de voltar a primavera ensolarada!

 


Noturno ( Chopin)
Foto Google

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 07/05/2005
Reeditado em 30/09/2024
Código do texto: T15450
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.