ESPERANÇA
Esvai-me o outono da vida, cansado e triste,
e, no horizonte meu inverno já desponta...
Mas, vou buscando em prece a última esperança
na fé que dentro d’alma eu trago e que resiste....
Sentindo a sombra que me sonda, e que persiste
em espetar Minh! Alma impura, como lança,
busco abrigar-me no escaninho da lembrança,
pois sei que além existe alguém que a tudo assiste...
Não me abandono nas sarjetas da amargura,
não me revolto com pavor na noite escura,
e, nem permito ver minha alma torturada...
Sei que ela chora, sei que sofre, mas confia
numa esperança imorredoura, pois que um dia,
há de voltar a primavera ensolarada!
Noturno ( Chopin)
Foto Google