Baste o Amor e Cesse o Pranto
Sharik Letak
"O homem ama, porque o amor é a essência da sua alma. Por isso não pode deixar de amar." (Leon Tolstoi)
"E de te amar assim, muito a amiúde, é que um dia de repente hei de morrer de amar mais do que pude." (Vinicius de Morais)
“Para que baste o amor, que cesse o pranto”(*)
E que termine logo a grande espera,
E nas asas de um adeus volte o acalanto
E volte a ser real minha quimera.
Que quem a vida minha encheu de encanto,
E em momento fugas fez-se de fera,
Alce de novo o seu belo canto
Para que eu volte, então, a ser quem era!
Se a primavera foi e veio o inverno,
E o paraíso transformou-se em inverso,
Que gire a roda de nossa estação.
A primavera volte em teu sorriso terno,
E o verão do amor, então, se faça eterno,
Os dois unindo num só coração!
(*) ver em Recanto das Letras: vylma guymaraes” em “MEU GRITO”.
Tenho lido muitos textos belos em “Recanto das Letras”, metáforas bonitas, frases bem trabalhadas, imagens poéticas brilhantes. Tenho achado neles, muitas vezes, inspiração.
O Soneto acima foi inspirado no verso “Para que baste o amor que cesse o pranto”, lindo verso decassílabo ao estilo de Vinícius de Moraes.
Este verso é da lavra da autora vylma guymaraes” em “MEU GRITO”, a quem homenageio com este soneto.