UM AMOR DISTANTE

A brisa noturna trouxe o seu cheiro,
Entrou pelos vãos das portas e janelas,
Tomou posse do meu corpo inteiro,
Ornou de vontade a minha aquarela.

O meu coração – inquieto festeiro,
Romântico como beijo de novela,
Espera por você como um jardineiro,
Pelo desabrochar da rosa amarela.

Pobre coração! Ignora a realidade,
De um amor que se encontra distante,
Errante nas paisagens de outra cidade.

Para preservar o ninho de felicidade,
Fiz o que pude, mas, não foi o bastante,
O que faço agora, com tanta saudade?