SOB A LUZ VIVIFICANTE
acalma-te anjo velho nesta pena
defeituosa as plenitude jovem
perpétuos discursos não mais comovem
olhos cerrados que a idade condena
inversamente o ouvi na fechadura
de boca tapada pôr na flor algema
vele a lacuna palavra telefonema
instaura a distância de tal figura
pois, anjo velho, o bacana do retorno
é que a memória não envelhece
principalmente quando dita e escrevo
quem sou ainda não sei nem quem me torno
porém neste vazio que aparece
são as imagens que ao esquecimento levo.