EU E A LUA



Buscando no vazio que nos impõe a distância
Abraços que não chegam aos meus braços,
Tento no canto estreitar antigos laços
Invocando quando canto a esperança.

Uma esperança meio desbotada
Porém tão viva que acredito nela
E enquanto a lua me olha da janela
Pranteio o canto na noite estrelada.

Embora juntas e sempre separadas
Eu e a lua sem dizermos nada
A inspirar uma canção singela.

Meu coração eu sei canta comigo,
Mas sei também que assim como um castigo
Sempre serei sozinha quanto ela.

Brasília, DF

Registrada na Biblioteca Nacional