Segredos
Pobres almas repletas de segredos,
De temerosos receios, fatigadas.
Demência de contarem os pecados,
Vendo as inclemências aspiradas.
Pavor de sentirem agoniadas,
Diante dos rostos flagelados.
Quem são esses homens marcados,
Com ferro quente as carnes rifadas?
Escravos do poder que em ti encerra,
Corpos putrefatos abaixo da terra,
Mortos pelo descaso, sem afeto!
Maldito seja o carrasco infame,
Aberração de um útero abjeto,
Roído e o sangue em derrame!
PROTESTO A TODA ESCRAVIDÃO QUE ACONTECE EM PLENO SÉCULO XXI.