Sonhador-mor
O seio pequeno que tenho desejo,
pegá-lo - sedento - parti-lo no meio,
sentir seu eflúvio e cobri-lo de beijo
é o doce dilúvio por quem eu pranteio.
O negro biquinho que penso, que vejo
em sonho - utopia - não dá nem receio!
Eu vou com ternura por entre bocejo
pegá-lo - sedento - parti-lo no meio...
Que triste manhã de um verão caliente...
Foi quando sumiu tudo assim de repente,
que o sino do mundo chamou-me: - Acordar!
Bateu desespero, fiquei tão sentido,
o meu mundo inteiro gritou ofendido:
- Apaguem as luzes, me deixem sonhar!
08/11/2008 12h23
Mênfis Silva