SONETO DO TEMPO PERDIDO

Contenta da felicidade o pêndulo

nos extremos de corações opostos

nem tanto pela ausência de âmago

que pelos seus mais tacanhos pressupostos

Segue a tocar nos batentes

em freqüência atemporal

balouçando entre virtudes decentes

e o mais escorregadio lodaçal

No limite da felicidade a aventura

encerra o ato desce o pano

para na vida, à certa altura, omitir o profano.

Hora do badalo que produz o tempo

tempo entre os batentes de amor e ódio

vida refém desse tal relógio