SONETO DO CORAÇÃO
Lá longe um tambor ecoa
toque de recolher
dá vontade, com o ouvido à toa
seguir esse tum-tum bater
Invoca essa cadência
a penetrar num turbilhão
toca o clamor da ausência
a marcha por um forão
som longínquo de quimeras
batidas do coração
ato contínuo nas veias, no peito em recessão.
Não falha este velho coração
Continua afora o compasso
Sem tempo, sem exasperação