Tela: Antonio João Jesus
Escritor , Indigenista e Artista plástico cuiabano
Minhocão do Pari
Edir Pina de Barros
No rio Cuiabá – tão encantado -,
cantado em rasqueados e modinhas,
(também no siriri demais louvado),
existe um minhocão que ali se aninha;
Minhocão do Pari, desrespeitado,
desmorona as moradas ribeirinhas,
emborcando a canoa, com pescado,
e devora os caboclos e mocinhas;
irado, o leito fere e cava fundo,
que até o rio muda o seu percurso,
a inundar os roçados, num segundo;
como narra o caboclo em seu discurso,
na lua cheia assombra todo mundo,
nos remansos profundos do seu curso.
Livro: Poesia das Águas, pg. 61
Minhocão ou minhocuçu
É uma minhoca enorme, monstruosa, que circula pelos rios e águas do Pantanal virando canoas, devorando pescadores, levantando grandes ondas e desmoronando barrancos dos rios. As lendas dizem que não se pode reformar ou restaurar a igreja matriz da capital de Mato Grosso pois o minhocão encontra-se preso pelos fios de cabelo de Nossa Senhora.
Escritor , Indigenista e Artista plástico cuiabano
Minhocão do Pari
Edir Pina de Barros
No rio Cuiabá – tão encantado -,
cantado em rasqueados e modinhas,
(também no siriri demais louvado),
existe um minhocão que ali se aninha;
Minhocão do Pari, desrespeitado,
desmorona as moradas ribeirinhas,
emborcando a canoa, com pescado,
e devora os caboclos e mocinhas;
irado, o leito fere e cava fundo,
que até o rio muda o seu percurso,
a inundar os roçados, num segundo;
como narra o caboclo em seu discurso,
na lua cheia assombra todo mundo,
nos remansos profundos do seu curso.
Livro: Poesia das Águas, pg. 61
Minhocão ou minhocuçu
É uma minhoca enorme, monstruosa, que circula pelos rios e águas do Pantanal virando canoas, devorando pescadores, levantando grandes ondas e desmoronando barrancos dos rios. As lendas dizem que não se pode reformar ou restaurar a igreja matriz da capital de Mato Grosso pois o minhocão encontra-se preso pelos fios de cabelo de Nossa Senhora.