Soneto da primavera
Fiz tudo para te ter imensamente
E a grandiosa feição que te chamas
É aquela que te comportas na mente:
Pois inflexíveis são as venturas brandas
Das quais a metafísica te deporta
Ao sinônimo empírico do prazer
Indizível por ser o que mais importa,
E mirar-me à maior ternura de ter
A mais bela primavera que abrange
A raiz dessa loucura que é amar
É o acaso que traz esse instante
Que demonstra o plausível que é o mar:
Maior que esse infinito constante...
Que prova o quanto tu és importante.