MINHA VOZ... MEU SORRISO... MINHA ALMA ...

Minha voz que retumbava altaneira,

quebrando o silêncio da noite calada.

Humilde e tranqüila, já ressoa cansada

ao som dos ecos da palavra primeira.

Meus olhos, eram duas contas de pedra,

duros, firmes, perscrutadores de almas.

Hoje, são duas contas já bem calmas.

Meu olhar é vago, incerto, de medra.

Meu sorriso que antes era profundo,

foi a sonorização da minha vida.

Hoje é um soluço injucundo.

Ah!... e meus versos escritos a esmo,

onde donzelas viam-se estendidas,

hoje, são rabiscos de mim, a mim mesmo.