*ENCANTE-ME*
Com o mesmo brilho das palavras
Que flutuam como folhas vendaval
Na descontração que me embalas
Na fluidez da criação sem igual
Encante-me em qualquer primavera
Com ou sem flores postas à janela
Mesmo que falte sob a atmosfera
E o sol obscureça a aquarela
Na pequenez de todas as horas
Ou na distância em anonimato
No diálogo das frases outrora
Veste-me do teu céu com luares
Que seja na manhã de encanto
Ou no entardecer em teus pomares
Sogueira
No entardecer de abril, em pleno outono,
Em multicores sendas, quente e frio,
Depois do prolongado e duro estio,
Nas glebas da tristeza em abandono...
Do sonho mais profícuo, imenso sono,
O coração se eleva do vazio
E enquanto a solução eu penso e crio
As vestes que sufocam; abandono...
E creio que talvez reste uma chance
De ter além do quando a vista alcance
Pomares encharcados desta fruta
Que tanto imaginei, delícia e sumo,
Após o temporal, teimoso, aprumo
E o velho timoneiro ainda luta...
Marcos Loures
Com o mesmo brilho das palavras
Que flutuam como folhas vendaval
Na descontração que me embalas
Na fluidez da criação sem igual
Encante-me em qualquer primavera
Com ou sem flores postas à janela
Mesmo que falte sob a atmosfera
E o sol obscureça a aquarela
Na pequenez de todas as horas
Ou na distância em anonimato
No diálogo das frases outrora
Veste-me do teu céu com luares
Que seja na manhã de encanto
Ou no entardecer em teus pomares
Sogueira
No entardecer de abril, em pleno outono,
Em multicores sendas, quente e frio,
Depois do prolongado e duro estio,
Nas glebas da tristeza em abandono...
Do sonho mais profícuo, imenso sono,
O coração se eleva do vazio
E enquanto a solução eu penso e crio
As vestes que sufocam; abandono...
E creio que talvez reste uma chance
De ter além do quando a vista alcance
Pomares encharcados desta fruta
Que tanto imaginei, delícia e sumo,
Após o temporal, teimoso, aprumo
E o velho timoneiro ainda luta...
Marcos Loures