Nada(r) No nada
Sozinho, uivando Borges pensamentos
Fantasiei que da mão livros brotavam
Girassóis de sonhos que atropelavam
As intimas emoções deste momento.
Posso eu, homem feito, chorar profundo?
Das profundezas brotam inconscientes
Um grito num triunfo surpreendente
No fundo do meu entendimento moribundo?
Era a trágica surpresa do ceticismo
De haver um número ultimo oriundo
Do primeiro número que se pós no mundo?
Em um choro que inundou meu abismo
Veio mais outro e mais outro a me mostrar
Que me torno humano ou aprendo a nadar!