Vitrine da Alma
Vitrine da Alma
Um olhar perdido num leito de margaridas amarelas
Feito procura de detalhes num tempo perdido de ilusão
É enredo inconsciente assaltando a mente com cores singelas
No enigmático pudor despudorado no mundo da imaginação.
O secreto abismo que minh’alma abriga e em meu intimo some
Desafia cálida e insensatamente, o mais imaculado coração
São pedaços de ontem que o vento inquieto grita seu nome
Pintando um esboço na vitrine complexa, realçando a paixão.
Num espelho de lirismo que a esperança nua retrata
Uma lágrima misteriosa retalha o rosto, sugando a face
Formando labirinto misterioso num mar de quimeras de prata...
Como a seca que espera a chuva como uma doce cascata
O efêmero mistério faz da vida e morte um precioso enlace
Com o licor da eternidade numa conquista entoando uma sonata.
Norma Bárbara