Valente

Valentia... há de ser palavra morta

Que no frêmito de ter-te entre meus braços

Para esquentar teu ombro em meus abraços

Padece a coragem, n’alma absorta

Cobarde é o vasto brado oprimido

Nos frívolos fiapos que consomem

E que separam do animal o homem

Por ter mascado o fruto proibido

Vergonha que se abate em minha tez

E irrompe entre meus cacos mal cuidados

O rude ferrão da minha insensatez

Como uma agulha fria, crua e breve

Que o peito faz doer de olhos fechados

E, quando abertos, faz queimar em febre

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 09/04/2009
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