Valente
Valentia... há de ser palavra morta
Que no frêmito de ter-te entre meus braços
Para esquentar teu ombro em meus abraços
Padece a coragem, n’alma absorta
Cobarde é o vasto brado oprimido
Nos frívolos fiapos que consomem
E que separam do animal o homem
Por ter mascado o fruto proibido
Vergonha que se abate em minha tez
E irrompe entre meus cacos mal cuidados
O rude ferrão da minha insensatez
Como uma agulha fria, crua e breve
Que o peito faz doer de olhos fechados
E, quando abertos, faz queimar em febre