SONHOS
 

Todos falsos, os amores de poeta;
artifício da ilusão que nos invade.
São caminhos a seguir, porta secreta,
nas esquinas, onde escapa a liberdade.

Trazem a dor que, ferina, vem repleta
da solidão dos mortais, sem mais piedade.
Porém o amor de um poeta, falsa meta,
atravessa os corações, a tudo invade

e recria na ilusão, na fantasia,
as belezas em que quer acreditar;
as certezas impossíveis que ele busca.

O cuidado desse amor sempre alivia:
É qual bolha de sabão que enfeita o ar,
até um dia desfazer-se em morte brusca. 

 


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