PROFUNDAMENTE TRISTE
Não sei se falta de quem me conforte,
Não sei do nada, quando a mim assiste,
Não sei do bem-te-vi, que canta forte,
Só sei que estou profundamente triste.
Mesmo sem medo de sentir o corte
Da foice infesta que ceifar insiste
Para atender o bem-querer da morte,
O eu tristonho dentro em mim persiste.
Não sei se o sol da tarde em que fenece,
Não sei das aves sós, em debandada,
Não sei do riso parecendo chiste.
Eu só sei que o destino me escurece,
Que no meio de tudo não sou nada,
Só sei que estou profundamente triste...
Odir, de passagem
Não sei se falta de quem me conforte,
Não sei do nada, quando a mim assiste,
Não sei do bem-te-vi, que canta forte,
Só sei que estou profundamente triste.
Mesmo sem medo de sentir o corte
Da foice infesta que ceifar insiste
Para atender o bem-querer da morte,
O eu tristonho dentro em mim persiste.
Não sei se o sol da tarde em que fenece,
Não sei das aves sós, em debandada,
Não sei do riso parecendo chiste.
Eu só sei que o destino me escurece,
Que no meio de tudo não sou nada,
Só sei que estou profundamente triste...
Odir, de passagem