Amor sem causa
Amor sem causa
Eu amo a tua alma, minha donzela;
Que é pura, divina, e de bom grado;
Mesmo que te enamore, sem ser amado,
Da minha vida, tu serás a flor singela...
Pois jamais encontrarei outra tão bela,
Que a mim, um dia, tenha cruzado...
Límpida, humana, de ser edenizado;
Rosa de canto, nenhuma outra se revela.
Mesmo que eu não tenha o teu langor,
Que não tenha, no meu colo, a tua paixão,
Teu, será para sempre o meu amor...
Porque não dei a ti afeto, e qualquer razão
Para que me amasse com tanto fulgor...
Se ao menos tivesse lhe dado o meu coração...
(Dolandmay)