Passeio Noturno
Sem sono, sem sonhos, apenas flutua
No escuro das ruas da noite perdida.
O asfalto molhado, vazio de vida,
Reflete fantasmas que assombram a rua.
São luzes noturnas de seres ausentes,
Pessoas sem nome, sem rosto, não mais.
Preenchem espaços, são todas iguais
Vivendo em desertos formados por gente.
Angústia é o que sente por não ter sentido
Alguém que ainda vive sem ter existido,
Mistura de lágrima, medo e revolta.
Não quer ser assim por mais tantos anos,
Decide afastar-se dos outros humanos,
Se deixa levar para a lua sem volta.