Passeio Noturno

Sem sono, sem sonhos, apenas flutua

No escuro das ruas da noite perdida.

O asfalto molhado, vazio de vida,

Reflete fantasmas que assombram a rua.

São luzes noturnas de seres ausentes,

Pessoas sem nome, sem rosto, não mais.

Preenchem espaços, são todas iguais

Vivendo em desertos formados por gente.

Angústia é o que sente por não ter sentido

Alguém que ainda vive sem ter existido,

Mistura de lágrima, medo e revolta.

Não quer ser assim por mais tantos anos,

Decide afastar-se dos outros humanos,

Se deixa levar para a lua sem volta.

Gustavo Carnelós
Enviado por Gustavo Carnelós em 07/04/2009
Código do texto: T1527830
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