Centro do Universo

Se encaro a face tua e deposito

Mais esperança e ímpar cumplicidade,

Deveras, não espero atrocidade

Que cometes de modo só e esquisito.

Aguardo que, quando teus olhos fito,

Veja mais que teu amor: veja a verdade

Que é ofuscada pela tua maldade

Onde a dor de te amar é só o que grito.

Preferes ter co'outrem à lua etérea

A ter comigo a mais valsa venérea;

Queres cobrar sem conceder. Desista!

O que vale-me agora é o que almejo!

Sem volúpias, cego e neste ensejo,

A justiça há de vestir-te, Egoísta!

Preto
Enviado por Preto em 06/04/2009
Reeditado em 07/04/2009
Código do texto: T1526257
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