Centro do Universo
Se encaro a face tua e deposito
Mais esperança e ímpar cumplicidade,
Deveras, não espero atrocidade
Que cometes de modo só e esquisito.
Aguardo que, quando teus olhos fito,
Veja mais que teu amor: veja a verdade
Que é ofuscada pela tua maldade
Onde a dor de te amar é só o que grito.
Preferes ter co'outrem à lua etérea
A ter comigo a mais valsa venérea;
Queres cobrar sem conceder. Desista!
O que vale-me agora é o que almejo!
Sem volúpias, cego e neste ensejo,
A justiça há de vestir-te, Egoísta!