SONETO n.55
Minha Poesia
(soneto n. 55)
Um dia, de frente para o meu espelho,
a mim mesma, bem incisiva, perguntei
como sentiria tudo aquilo novamente,
esquecendo a dorida lucidez da Alma?
Como saber se algo é passivo e acalma?
Não deveria é ser comigo complacente,
se ando na contramão de tudo que sei,
mesmo que o bem querer seja parelho.
Entanto, cuidarei da Arte como da cria,
esse pedaço de mim forte... abençoado,
sendo intensa e inteira a minha Poesia.
A ela serei fiel - enquanto estiver viva -
já que eu a amo com amor iluminado
e, dos poemas, sou uma rainha cativa.
***
Silvia Regina Costa Lima
3 de Abril de 2009
Poema dedicado a um poeta. Quando ele vier, se vier, colocarei seu nome aqui.