“Desencanto”

numa gaiola,ouvi cantar, uma avezinha

como dissesse, nas notas a lamentar...

por eu cantar,me prenderam, nesta casinha

e hoje o meu canto,é o meu jeito de chorar


o coração, de quem se “acha”,dele o dono

e sem piedade,o privou,pra sempre de voar...

é incapaz,de compreender, tal sofrimento

pois não conhece,o sublime, dom de amar


por qual razão,prender-se-á,tão lindo canto

se em liberdade,o som mais lindo, faz soar

alma bandida,que não ouve, a dor do pranto


razão que faz,seu peito triste,hoje trinar

por certo este,“humano ser”,em desencanto

em outro mundo,ou ainda neste,irá pagar...


Cesar Liczbinski
Enviado por Cesar Liczbinski em 04/04/2009
Reeditado em 21/04/2009
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