Sombra da vela

Trêmulos lampejos de luz iluminam

Uma mente vazia, um coração alado.

Cujos sentimentos sem pena assassinam

Nas sombras da vela o coração torturado.

Sob a luz fraca e inconstante

Uma réstia de consolo frente a solidão

Se aproxima vagamente o instante

Sopro de vento, resta a escuridão.

E nas sombras da vela escrevendo

Poetisa enxuga o mar de lágrimas que correm

Inconstante como o fogo vai vivendo.

Dentro de si tantos sentimentos morrem

Em suas palavras diz não estar sofrendo

Mas nas sombras da vela suas dores transcorrem.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 03/04/2009
Código do texto: T1521095