Sombra da vela
Trêmulos lampejos de luz iluminam
Uma mente vazia, um coração alado.
Cujos sentimentos sem pena assassinam
Nas sombras da vela o coração torturado.
Sob a luz fraca e inconstante
Uma réstia de consolo frente a solidão
Se aproxima vagamente o instante
Sopro de vento, resta a escuridão.
E nas sombras da vela escrevendo
Poetisa enxuga o mar de lágrimas que correm
Inconstante como o fogo vai vivendo.
Dentro de si tantos sentimentos morrem
Em suas palavras diz não estar sofrendo
Mas nas sombras da vela suas dores transcorrem.