Matem os Deuses
Malditas vozes que me gritam cânticos
Que fazem de minha existência inexpressiva
Malditos autores que se fingem de românticos
E pintam valores dos quais minha alma se esquiva
Malditos santos que se denominam santos
Enquanto roubam a essência de minha alma
São tantos profetas, tantos milagres e encantos
Que por não ser sacro, acabo perdendo a calma.
Parem, pelo amor do Deus a quem tanto gritam
E que juram ser Dono de toda a verdade
Mas que condena as mentiras que inventaram
Parem de inventar que deuses lhes castigaram
Só porque ao invés de obedecer ao que eles ditam
Preferiu sucumbir à agridoce liberdade